6 mitos sobre gestão de pessoas que você não pode acreditar

Há muitos mitos sobre a gestão de pessoas que precisam ser bem explicados. O grande problema é que, normalmente, esses mitos estão presentes nas próprias práticas profissionais, o que fortalece sua existência. Vamos explorar os principais:

Mito 1: Quanto mais treinamento melhor!

Quantidade não significa qualidade. E não se questiona aqui a qualidade do treinamento em si, mas sim no quesito retorno para a organização. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universum, conforme publicado pela Revista Exame[1], o segundo maior medo da geração Y, na América Latina, é “ficar estagnado e sem oportunidades de desenvolvimento”. De olho nessa tendência, as empresas procuram tratar como diferencial as horas de treinamento oferecidas aos seus colaboradores, até como ferramenta de retenção.

Mas, é preciso lembrar que treinamentos devem ser promovidos quando realmente for identificado um GAP entre competências desejadas (conhecimentos, habilidades e atitudes) e competências atuais, identificadas após avaliação. E após a aplicação dos treinamentos, devem ser realizadas novas avaliações para verificar resultados e desempenho da equipe, para garantir que o investimento trará realmente melhorias para a organização. Somente assim, o terceiro maior medo citado na pesquisa, “ter um desempenho inferior ao esperado”, também será reduzido. Além disso, nem todos os treinamentos são de responsabilidade da empresa, que precisa também aprender a fomentar o autodesenvolvimento.

Mito 2: Incentivos financeiros são as melhores formas de reter e motivar!

Este é um mito que já anda mais em baixa. Variadas são as pesquisas que apresentam que a motivação das pessoas está muito mais na felicidade e satisfação em realizar o seu trabalho, inserido em um ambiente agradável, com bons relacionamentos interpessoais do que retorno financeiro. Claro, há pessoas que são motivadas por ganhar mais e mais, mas mesmo essas, possuem metas e se “matarão” de trabalhar até alcançá-las, até que uma hora com certeza, investirão naquilo que lhes dá mais prazer.

Mito 3: Realizar pesquisas internas o tempo todo demonstra um RH ativo!

Realizar pesquisas de clima e avaliações de desempenho, por exemplo, são atividades importantes que podem indicar mudanças significativas nos objetivos funcionais do RH para com os objetivos estratégicos e organizacionais. Agora, realizar pesquisas o tempo todo que não proporcionem mudanças aos olhares dos colaboradores, não adianta. Tenha em mente que quando os colaboradores doam parte de seu tempo para responder extensas pesquisas, estão acreditando que realmente a empresa quer ouvir as propostas para ao menos receberem análises como retorno.

Mito 4: O RH é o único responsável pelo desenvolvimento dos colaboradores!

O RH, sozinho, não faz milagres. Cada gestor é responsável por sua equipe. É ele quem acompanha dia a dia, quem realiza avaliação e é o responsável pelo feedback. O RH dá suporte sim, mas não há como gerenciar cada pessoa sem o apoio e atenção devida de cada gestor.

Também não acredite que apenas psicólogos podem estar à frente da Gestão de Pessoas, justamente pelo motivo de “cuidar do psicológico” de cada um. Gestor pode ser líder, pode ser inspirador, pode ser coach, pode ser orientador de carreira, mas não é terapeuta! A gestão de pessoas é multidisciplinar, com cada vez mais variados profissionais atuando na área, o que inclusive está colaborando para a implantação de RHs estratégicos. Então, cuidado com os estigmas!

Mito 5: É impossível calcular ROI de capital humano!

Na verdade é claro que é possível. Retorno sobre o Investimento em pessoas nada mais é que a medida que correlaciona os resultados dos negócios com os custos de pessoal. Agora, é necessário ter pessoas especializadas para calcular os custos adequadamente. E se o departamento financeiro já faz isso de cor e salteado, por que não solicitar uma mãozinha se o seu RH ainda não o faz?

Mito 6: RH não é DP!

Realmente RH não é DP, mas isso não significa que os dois caminham separadamente. Eles devem estar totalmente em sintonia e alinhados com as estratégias organizacionais. Precisam dar o mesmo discurso. Quando RH e DP (Departamento Pessoal) viram reais aliados, todos saem ganhando. O DP é uma área dentro do RH, e é responsável por questões burocráticas, como garantir que a empresa aplique a legislação trabalhista corretamente e suas obrigações. E é desse gerenciamento de informações que brotam dados, que quando muito bem gerenciados, geram indicadores e outras bases de cálculos estratégicos, como o ROI citado acima, e outros que sua imaginação permitir.

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